13-07-2021
Teve lugar no dia 7 de julho, na Assembleia da República, a Cerimónia de Entrega do Prémio Direitos Humanos 2020 na qual as professoras e investigadoras da Universidade NOVA de Lisboa, Elvira Fortunato e Maria do Rosário Martins, foram galardoadas com as Medalhas de Ouro Comemorativas do 50.º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, recordou as razões de atribuição deste reconhecimento “a Maria do Rosário Martins, eminente académica na área da saúde pública, pela coordenação do primeiro estudo comparativo sobre as consequências da pandemia de COVID-19 (em famílias imigrantes e de nacionalidade portuguesa); e a Elvira Fortunato – que dispensa apresentações –, pelo trabalho que tem vindo a desenvolver na área da investigação científica versando, também ela, a pandemia de COVID-19.”
Elvira Fortunato, professora e investigadora no Departamento de Ciências dos Materiais da NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA, reconheceu o significado especial desta distinção como sendo “acima de tudo o corolário de todo um percurso dedicado a uma paixão que é a investigação científica, sempre com a responsabilidade da sustentabilidade” não deixando de evidenciar a importância fundamental do trabalho em equipa. No seu discurso referiu ainda que “Muito embora sejamos metade da população, o trabalho das mulheres ainda continua a ser menos valorizado.” dedicando por isso este prémio “a todas as mulheres que trabalham e lutam todos os dias por mais igualdade de oportunidades.”
Maria do Rosário Martins, professora e investigadora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, aproveitou o seu discurso para alertar que “A literatura é unânime em todos os países a pandemia exacerbou as disparidades sociais e económicas já existentes” e “se nada for feito, as desigualdades vão amplificar-se, criando uma sociedade mais injusta, onde será difícil que prevaleçam os direitos humanos”. “Dedico esta medalha a todas as famílias migrantes no mundo, que em tempos de pandemia estiveram ainda mais distantes dos seus, muitas vezes isoladas numa sociedade que em geral lhes é desfavorável”, concluiu.
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