por Mónica Neto,
Diretora dos Recursos Humanos da NOVA FCT
A responsabilidade social e o voluntariado desempenham papéis fundamentais nas organizações, constituindo caminhos transformadores da sociedade, graças ao impacto positivo que geram na comunidade, no desenvolvimento das pessoas e no reconhecimento da imagem institucional.
O desenvolvimento destes programas permite fortalecer a relação entre a instituição, os trabalhadores e a sociedade, criando sinergias entre o desenvolvimento pessoal e profissional, a responsabilidade social e os objetivos organizacionais.
Numa organização de ensino superior, é possível adotar práticas de responsabilidade social que envolvam estudantes, docentes, investigadores e trabalhadores não docentes, promovendo o desenvolvimento de uma instituição que valorize princípios éticos e sociais.
Enquanto agentes de mudança, as Faculdades podem beneficiar do desenvolvimento de programas que incidam sobre problemas locais, impactando as comunidades e contribuindo para a sua transformação efetiva. Embora seja verdade que as ações de voluntariado têm vindo a surgir, a implementação de um Plano Estratégico para o voluntariado, alinhado com os objetivos estratégicos da organização, poderia contribuir para um levantamento das necessidades existentes e para a definição de estratégias e metas comuns. Tal iniciativa consolidaria o papel ético e social da Faculdade, fomentando a formação de cidadãos mais conscientes e comprometidos com o bem-estar coletivo.
No âmbito do desenvolvimento pessoal e profissional, da relevância da conciliação e num contexto social onde se procura, cada vez mais, um sentido de pertença e envolvimento, faz todo o sentido que a gestão de pessoas promova ações de voluntariado ou programas de capacitação. Estes permitiriam que todos os trabalhadores aplicassem as suas competências profissionais em projetos de voluntariado, prevendo também recompensas ou benefícios adequados.
A gestão de Recursos Humanos pode, assim, desempenhar um papel crucial na estruturação e organização de programas de voluntariado eficazes e sustentáveis, assumindo-se como agente de mudança e promovendo práticas de responsabilidade social, envolvimento comunitário e sustentabilidade.
Fica o desafio para 2025!
Dezembro 2024