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Outro quebra-cabeças relacionado com dinossauros resolvido por paleontólogos

17-01-2020

Uma nova investigação usando uma técnica inovadora, publicada recentemente na revista “Papers in Paleontology”, forneceu uma resposta conclusiva, embora surpreendente, a respeito de um tipo estranho de casca de ovo fóssil.

O estudo usou a análise de "Electron Backscatter diffraction" (EBSD) para revelar o padrão cristalográfico detalhado das cascas de ovos de "Pseudogeckoolithus" e compará-lo com o dos ovos de osgas. Com esta metodologia pretendia-se determinar a verdadeira identidade destes ovos que confundiram os paleontólogos durante várias décadas.

"O EBSD permitiu-nos identificar essas estruturas, mesmo nas amostras menos bem preservadas, confirmando que as cascas de ovos de "Pseudogeckoolithus" não são verdadeiras cascas de ovos de osga. Portanto, não há evidências de que as osgas fossem comuns no Cretáceo Superior da Europa, como foi muitas vezes interpretado anteriormente”, comenta Moreno-Azanza, investigador do Departamento de Ciências da Terra da FCT NOVA.

"Devido à sua semelhança com as modernas cascas de ovos de osga, as cascas de ovos de "Pseudogeckoolithus" eram frequentemente consideradas uma prova que apoiava a presença de lagartos antigos semelhantes a osgas no arquipélago tropical que cobre a parte sul da Europa no final do reinado dos dinossauros. Agora temos a certeza de que as cascas de ovos de osgas modernas e as típicas cascas de ovos de dinossauros (incluindo aves) têm arranjos cristalográficos completamente diferentes”, explica Seung Choi, investigador principal.

A investigação foi conduzida por uma equipa internacional liderada por Seung Choi da Universidade Nacional de Seul (Coreia do Sul) com a participação de Yuong-Nam Lee (Universidade Nacional de Seul, Coreia do Sul), de Miguel Moreno-Azanza (FCT NOVA; Museu de Lourinhã, Portugal), de Zoltán Csiki-Sava (Universidade de Bucareste, Roménia) e de Edina Prondvai (Universidade de Ghent, Bélgica, atualmente no Grupo de Pesquisa para Paleontologia do MTA-MTM-ELTE).

O estudo faz parte do projeto XTalEggs (PTDC/CTA-PAL/31656/2017) financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Na imprensa

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