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Paleontólogos da FCT NOVA descobrem primeiros fósseis de placodontes conhecidos em Portugal

19-02-2018

Paleontólogos da FCT NOVA descobrem primeiros fósseis de placodontes conhecidos

Os primeiros fósseis em Portugal de placodontes, répteis aquáticos que viveram e se extinguiram há cerca de 220 milhões de anos, foram encontrados em Loulé por paleontólogos da FCT NOVA. Os paleontólogos Hugo Campos e Octávio Mateus, da FCT NOVA, encontraram em 2016 os “ossos das costelas e da carapaça” de placodontes, mas só agora divulgaram a descoberta através da publicação do estudo, inserido no catálogo da exposição “Loulé: Territórios. Memórias. Identidades”, patente no Museu Nacional de Arqueologia.

“Os placodontes são um grupo de répteis que ainda não tinha sido identificado em Portugal, mas que já é conhecido noutras partes do mundo”, explicou Octávio Mateus, que orientou a tese de mestrado em paleontologia de Hugo Campos sobre os vertebrados do triásico algarvio.

Um grande número dessas placas ósseas, que os cientistas apelidam de ‘osteodermes’, foram encontradas nos concelhos de Loulé e Silves em 2016 e 2017. Na aldeia de Penina, Loulé, localiza-se aquela que é considerada a principal jazida do triásico superior de Portugal e uma das mais importantes na paleontologia de vertebrados de Portugal. Nessa jazida, onde a concentração de fósseis é muito elevada, já foram identificados dez ‘Metoposaurus algarvensis’ (anfíbio semelhante a uma salamandra), bivalves e escamas de peixe ganóides, fitossauros (semelhantes a crocodilos) e placodontes, mas o número pode chegar às duas dezenas de animais.

O estudo sobre os vertebrados do triásico do Algarve tem vindo a ser feito por uma equipa internacional, liderada por investigadores da Universidade Nova de Lisboa, financiado pela Câmara Municipal de Loulé, e os fósseis foram preparados nos laboratórios da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã.

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